I
Os olhos do meu amor são candeias puras
São casquilhos, graciosos e largos.
Onde repouso. Onde aqueço.
De onde contemplo
A tela rubra sob a tarde e o vento.
II
Os braços do meu amor são porto.
E seu corpo aproa meu corpo à maré.
Sua boca cheira a sal e a sonho
E seus cabelos, vento brando à beir(a)mar.
III ou Sonho Lusitano
O meu amor e eu dançamos sobre verdes esmeraldas
Noturnos e entrelaçados.
Não há outro canto além dos corações que marcam o compasso.
Por eles padeço, por amor desfaço.