terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Poema Paisagem e III (sonho lusitano)

I

Os olhos do meu amor são candeias puras

São casquilhos, graciosos e largos.

Onde repouso. Onde aqueço.

De onde contemplo

A tela rubra sob a tarde e o vento.

II

Os braços do meu amor são porto.

E seu corpo aproa meu corpo à maré.

Sua boca cheira a sal e a sonho

E seus cabelos, vento brando à beir(a)mar.


III ou Sonho Lusitano


O meu amor e eu dançamos sobre verdes esmeraldas

Noturnos e entrelaçados.

Não há outro canto além dos corações que marcam o compasso.

Por eles padeço, por amor desfaço.


A estética do desejo (ou A estética da dor).

Para Pedro

A mercê de tudo o que a mente é capaz de produzir.

O que os olhos vêem o corpo sente arder.

E tudo o que fica é uma lágrima não digerida,

Longe do alcance dos dedos.