domingo, 28 de junho de 2009

Nau Frágil

I
Nau Frágil

à Hilda Hilst


oco
flutuava a imensidão
sem sentir o corpo
sem sentir o peso

como um corte
a ausência
a medida
estilhaça

denso
sem lugar terno
sob a luz
desloca- se
mar adentro
cinco tons abaixo

a profundidade
intacta
do negro azul
não desponta
quando
o sol
irrompe
a superfície esverdeada




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